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MEIs predominam na economia fluminense

Maioria de CNPJs abertos e fechados nos últimos cinco anos, no Rio de Janeiro, corresponde a microempreendedores individuais.

 

O estudo “Os Caminhos da Economia Fluminense”, realizado pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio e pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro – SindilojasRio, baseado em dados da Junta Comercial do estado relativos à abertura e ao fechamento de empresas nos últimos cinco anos, revelou a concentração de negócios em torno da figura do MEI (Microempreendedor Individual).

O levantamento mostra que, em 2023, foram criados 283.249 novos CNPJs no estado do Rio de Janeiro, dos quais 231.877, aproximadamente 81,9%, corresponderam a MEIs. Boa parcela desses empreendedores vem da informalidade. No mesmo ano, cerca de 159.905 CNPJs foram encerrados, dos quais 125.867 corresponderam a MEIs, um volume de 78,1%.

As razões para a predominância dos MEIs – um dos maiores programas de inclusão empresarial do mundo – no caso da abertura de empresas, podem ser facilmente explicadas: além de ser a rota mais simples para a formalização, as opções para se tornar MEI são muitas. E também são muitas as vantagens: de acordo com as regras vigentes, futuramente, os pagamentos se reverterão em benefícios previdenciários, permitindo aposentadoria, entre outros auxílios.

Já no caso do encerramento das atividades, as causas podem ser: falta de capacitação e gestão; baixo nível educacional, consequentemente gerencial; despreparo técnico organizacional; criação do CNPJ por necessidade; falta de costume do pagamento de impostos e contribuições; e ambiente de negócios desfavorável.

De acordo com Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio, os MEIs enfrentam o mercado correndo riscos inerentes aos negócios. “Os MEIs podem ser afetados pela conjuntura econômica favorável ou não, pelos juros elevados e pela insegurança urbana, entre outros fatores, além de enfrentarem a concorrência nos diferentes níveis de empresas e negócios”, diz Aldo.

Apesar da vulnerabilidade, os microempreendedores individuais representam inclusão empresarial e conquista da cidadania; contribuem para a diminuição do desemprego por meio do trabalho autônomo e da possiblidade de contratação de um funcionário; geram condições para o crescimento econômico; e melhoram o tecido social pela diminuição das desigualdades.

A movimentação dos MEIs abre espaço para o desenvolvimento da economia do Rio de Janeiro, de forma a aproveitar a veia empreendedora dos cidadãos junto às atividades que se coadunam com a vocação do estado em setores como comércio, turismo, serviços, alimentação, petróleo e gás e muitos outros.

O estudo é destaque na Imprensa. Acompanhe:

https://monitormercantil.com.br/meis-garantem-inclusao-empresarial-no-rio/