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Comércio carioca vendeu menos em 2023

As vendas do comércio da Cidade do Rio de Janeiro recuaram 0,3% no acumulado de janeiro a dezembro de 2023 em relação ao mesmo período de 2022, de acordo com pesquisa do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro – SindilojasRio.

Enquanto a economia nacional emite sinais de evolução e, nos últimos quatro anos, o comércio varejista brasileiro registrou crescimento consecutivo – 2020 (1,2%); 2021 (1,4%); 2022 (1,0%) e 2023 (1,7%) – o comércio do Rio de Janeiro mostra processo mais lento, na medida em que a performance do consumo se apresenta um pouco descolada do restante do país: 2020 (1,2%); 2021 (-0,5%); 2022 (-3,5%) e 2023 (-0,3%).

A comparação do comportamento das vendas das atividades comerciais nos níveis nacional e regional denota discrepância dos resultados, nos quais as diferenças destacam especificidades da economia fluminense diante do Brasil. Principalmente com relação à capacidade de realizar shows, atrair turistas e aproveitar as belezas naturais, e a vocação de setores do comércio ligados aos serviços e à indústria de óleo e gás.

Outra verificação importante é reconhecer que as estatísticas aferem taxas negativas maiores do que no resto do Brasil – indicativo de que a retração das vendas é mais contundente no estado, inferindo relativa vulnerabilidade econômica.

Para Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio, “entre os fatores que explicam as dificuldades e a demora da retomada mais consolidada do comércio fluminense tem-se a situação fiscal; a nova configuração do trabalho e o vazio de algumas áreas no Centro; o alto número de lojas fechadas; o custo do aluguel; o preço dos imóveis; informalidade, camelotagem, violência e insegurança decorrentes; a saída de empresas para outras localidades e impostos pesados, que afugentam investimentos produtivos”.

“Mesmo assim, o comerciante fez a sua parte. Planejou e organizou-se. Comprou tecnicamente produtos desejados com preços e quantidades adequados. Investiu no treinamento da equipe para vender mais e conquistar novos clientes. Além disso realizou – e vem realizando – todo o tipo de promoção, liquidação e descontos para estimular os consumidores. Mas, nada disso foi o suficiente para aumentar as vendas”, conclui Aldo.