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Espigão na área do Buraco do Lume – SindilojasRio e CDLRio pedem à prefeitura mais transparência e amplo debate público sobre o projeto

Manifestando grande preocupação com o projeto imobiliário que pretende erguer um espigão de 22 andares no tradicional Buraco do Lume, no Centro do Rio, o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro – SindilojasRio e o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio enviaram uma carta ao prefeito Eduardo Paes, no dia 27 de janeiro deste ano, que, até o momento, não teve resposta. No documento, as entidades alertam que a área, que possui reconhecida importância histórica, cultural e social, corre o risco de ser profundamente descaracterizada, e destacam, ainda, que tal projeto impactará negativamente a região, piorando as condições ambientais da área e, com isso, afetando inúmeras empresas e o comércio ali situados.

Na última quinta-feira (15), o site de notícias Diário do Rio divulgou informações sobre o projeto imobiliário que, novamente, causam apreensão. Segundo o site, a documentação do processo de licenciamento do futuro espigão perante a prefeitura “revelam falhas e ocultações consideradas suspeitas que envolveriam o projeto”.

Símbolo da democracia e da convivência cidadã, o Buraco do Lume é conhecido como ponto de encontro de manifestações políticas, culturais e sociais. O espaço integra a Praça Mário Lago, urbanizada na década de 1980, e tem forte valor simbólico e afetivo para os cariocas. O decreto municipal 6.159, de 1986, restringia o uso do terreno a equipamentos culturais — o que reforça o caráter público e comunitário da área.

Para o SindilojasRio e o CDLRio, qualquer intervenção urbanística que comprometa esse perfil representa uma grave ameaça ao patrimônio imaterial da cidade. Além disso, as entidades afirmam que a implantação de um empreendimento de grande porte tende a intensificar os já existentes problemas de mobilidade no Centro, dificultando a circulação de veículos e pedestres, e compromete a ventilação e o conforto térmico da região.

As entidades defendem que a preservação da área do Buraco do Lume deve ser prioridade, não apenas por seu valor histórico e cultural, mas também por sua função ambiental e urbana. Por isso, solicitam que o projeto seja reavaliado com transparência, por meio de um debate amplo com a sociedade civil, urbanistas, entidades representativas e os poderes públicos, com foco no interesse coletivo e no desenvolvimento sustentável da cidade.

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