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Comércio do Rio pode perder mais de R$ 4,6 bilhões com os feriados em 2021

Com o excesso de feriados em 2021, sendo 12 em dias úteis com possibilidade de prolongamento, o chamado “enforcamento”, o comércio varejista da Cidade do Rio de Janeiro, já castigado pela pandemia que fechou suas lojas por três meses, pode perder mais de R$ 4,6 bilhões em receitas de vendas neste ano. Cada dia parado representa uma perda média de R$ 385 milhões. A estimativa é do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio, que não considerou os feriados decorrentes com o carnaval, que ocorrerá em outra data devido à pandemia de covid-19.

Com os feriados e possíveis dias “enforcados” por conta dos prolongamentos, o ano terá apenas 353 dias comercialmente úteis. Novembro (três feriados com possíveis prolongamentos) será o mês mais prejudicado.

Segundo o presidente do CDLRio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, os 13 feriados do ano e seus possíveis prolongamentos vão penalizar os lojistas, principalmente do comércio de rua que é o mais atingido, em especial o do Centro, que fica completamente deserto. Com os “enforcamentos”, há a possibilidade de o cidadão folgar 17 dias, incluindo os sábados, considerado pelo varejo o melhor dia de vendas da semana.

“Não há dúvida que este excessivo número de dias parados prejudicará o comércio, que já vem sofrendo os danos causados pela pandemia. E não são apenas os empresários lojistas que perdem com isso. Perdem o governo que deixa de arrecadar impostos; os comerciários que deixarão de vender; os prestadores de serviços e autônomos; e, também, o próprio consumidor que não pode comprar. No caso dos comerciários, eles podem perder até um salário no ano, um verdadeiro 14º jogado fora. Não somos contra os feriados em datas comemorativas – e até mesmo, quando possível, o adiamento deles. Mas, somos a favor de que a sociedade civil organizada, empresários, líderes de classe e autoridades se sentem à mesa para discutir outras soluções que evitem tamanho desperdício, principalmente no momento em que enfrentamos uma pandemia que ninguém sabe quando vai terminar”, conclui Aldo.

Hotelaria, bares e restaurantes e serviços ligados ao turismo, antes beneficiados com os feriados, agora também sofrem com os efeitos da covid-19.