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Comércio do Centro tem desempenho negativo em 2020

Informalidade, violência, moradores de rua e a pandemia foram as causas deste resultado.

O comércio do Centro registrou mais um desempenho ruim em 2020, segundo dados do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio: nos nove meses do ano em que as lojas abriram (o comércio ficou fechado da segunda semana de março até a primeira semana de junho devido à pandemia), o movimento de vendas foi negativo: menos 6,9% nos produtos do Ramo Mole (bens não duráveis) e menos 9,2% no Ramo Duro (bens duráveis). Se for computado o desempenho zero dos três meses em que as lojas ficaram fechadas, por causa da pandemia de covid-19, os números sobem para menos 31,9% no Ramo Mole e menos 30,2% no Ramos Duro. Em 2019, o desempenho também foi negativo: menos 5% no Ramo Mole e menos 6,1% no Ramo Duro.

De acordo com os lojistas, além da pandemia e do desemprego, as principais causas do desempenho negativo foram a violência, o grande número de camelôs, o aumento brutal de moradores de rua e a sujeira. Esses fatores afastaram o consumidor do Centro, que se tornou um verdadeiro deserto, o que definitivamente influenciou o desempenho das vendas, além do fechamento de centenas de estabelecimentos comerciais.

Segundo Aldo Gonçalves, presidente do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio e do Sindicato do Comércio Lojista do Rio de Janeiro – SindilojasRio, as entidades têm feito diversas gestões perante as autoridades no sentido de coibir a violência, os camelôs e os moradores de rua que tomam conta do Centro, afastando o consumidor das compras e prejudicando o comércio. “Isso poderia, mesmo com a pandemia, amenizar o prejuízo dos lojistas do Centro”, diz Aldo.