Por Antonio Everton Jr., assessor econômico do CDLRio e do SindilojasRio
Neste dia 20 de outubro celebra-se o Dia do Comerciário no Rio de Janeiro. Em respeito à data, o comércio fecha suas portas para conceder um merecido dia de descanso, em reconhecimento à importância dos colaboradores no desenvolvimento do setor.
Para cumprir a incansável missão de levar produtos da indústria e da agropecuária aos consumidores e empresas, em todos os dias do ano e em qualquer localidade deste país de extensão continental e diversidade regional, o comerciante conta com a parceria ativa e dedicada de seus funcionários.
Nesse contexto, vale destacar a relevância do comércio no conjunto do emprego no Brasil, demonstrando que, por meio das atividades comerciais, é possível construir uma sociedade mais equitativa e justa, dada a intensa geração de postos de trabalho que o setor proporciona.
Em agosto de 2019, o estoque de trabalhadores formais somava 39.003.895. Desses, o comércio participava com um contingente de 8.953.988, aproximadamente 23,0%. No mesmo período, o Rio de Janeiro contava com 783.234 empregados, representando 8,8% do total do setor.
Passados seis anos, em agosto de 2025, as estatísticas revelam uma nova dimensão, compatível com a grandeza e a riqueza do país, apesar das transformações econômicas provocadas pela pandemia, pelo avanço tecnológico, pelo crescimento das compras on-line, pela guerra entre Rússia e Ucrânia, pelas eleições e políticas tarifárias norte-americanas, pela alta dos juros, entre outros acontecimentos.
Atualmente, o estoque de trabalhadores formais atinge 48.698.182, quase dez milhões a mais, o que representa um crescimento de 24,9% no período de seis anos. Desse total, o comércio responde por 10.738.309 empregados, participação equivalente a 22,1%.
No conjunto das inúmeras atividades comerciais, o Rio de Janeiro contribui com 841.820 comerciários, cerca de 7,8% do total. Em relação a agosto de 2019, o comércio fluminense gerou 58.586 novas ocupações, o que corresponde a um aumento de 7,5%.
A evolução setorial do emprego no Brasil reforça a tese de que o comércio ainda é, em sua essência, presencial — uma atividade que promove a satisfação do consumidor por meio da experiência de compra no ambiente físico. Para que esse modelo prospere, é indispensável o apoio e o envolvimento dos funcionários, cujo trabalho fortalece os estabelecimentos e beneficia inúmeras famílias.
Como atendente, estoquista, caixa, gerente ou vitrinista — qualquer que seja a função —, é fundamental que o relacionamento entre empresários e colaboradores seja pautado pelo compromisso com resultados promissores, em favor da empresa e da sociedade. Dessa forma, o comércio seguirá produzindo bem-estar, proporcionando melhores condições de vida aos seus profissionais e gerando riqueza para a população.
Parabéns, Comerciários!
