Pesquisa realizada pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio), que ouviu 250 lojistas, mostra que 90% dos entrevistados esperam aumento das vendas entre 3% e 5% em relação ao ano passado, na Black Friday.
A pesquisa identificou que a certeza entre os comerciantes com vendas melhores está nas ações preparadas em favor das compras presenciais, para sensibilizar os clientes e trazê-los para as lojas. Com este fim, vantagens, como descontos, estimulam o consumidor a já sair do estabelecimento com o produto em mãos, diferentemente do que ocorre quando as transações são feitas pela internet e dependem do prazo dos diferentes meios de entrega.
Mais de 88% dos comerciantes entrevistados acreditam que o período de promoções poderá alavancar as vendas, com oferecimento de descontos que devem oscilar entre 20% e 50%, dependendo do nível de estoques, da programação e da preparação para a Black Friday e o Natal. No ano passado, a previsão dos comerciantes de que as vendas poderiam crescer até 10% com a Black Friday não se confirmou e o índice ficou em torno dos 7%, dependendo do segmento.
Além de movimentar fortemente o comércio eletrônico, a Black Friday é um período de oportunidades para as lojas físicas, tanto de rua como de shoppings, investirem em ações estratégicas com foco nas vendas de fim de ano. Os comerciantes de segmentos como eletrodomésticos, eletrônicos/informática, celulares, vestuário, calçados (especialmente tênis), jogos, brinquedos, artigos para casa e decoração e outros, acreditam que os consumidores poderão ser atraídos pela variedade de produtos e promoções.
Os lojistas ouvidos estimam que o preço médio de compra ficará na faixa entre R$ 150,00 e R$ 350,00, e que os clientes deverão utilizar o cartão de crédito (55%) como principal meio de pagamento, sendo boa parte do consumo parcelada (66%), seguido do cartão de débito (45%). As demais alternativas de pagamento deverão ser Pix, dinheiro e a prazo pelo crediário.
“As promoções da Black Friday poderão servir como um indicativo, uma prévia do consumo de dezembro, dependendo do segmento. Com a liberdade de mercado e a concorrência, o lojista tem competência e ferramentas para implantar estratégias conforme o perfil da demanda, avaliando como a Black Friday irá contribuir para o faturamento anual do seu estabelecimento”, destaca Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio. “É um momento importante para fechar o ano bem e se preparar para o começo de 2026, quando o mercado fica mais morno, após os períodos de réveillon e férias”, conclui.