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Artigo | Responsabilidade social: compromisso do comércio

De maneira sucinta, a responsabilidade social do comércio inclui um leque enorme de práticas necessárias à produção do bem-estar social dos empregados, bem como aquelas que beneficiam a sociedade e o meio ambiente.

O Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio) têm um compromisso com a responsabilidade social, buscando modernização, atualização técnica e operacional, e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do comércio varejista.

Nesse contexto, envolvem-se em ações que vão além das obrigações econômicas e legais, visando ao bem-estar coletivo e à melhoria da qualidade de vida das pessoas, e engajam-se em diversas práticas que demonstram seu compromisso com a responsabilidade social.

Ao considerar o contingente de 10,4 milhões de empregados que integram o setor comercial, pressupõe-se que, pelo menos, de 30 a 40 milhões de pessoas sejam direta e/ou indiretamente envolvidas e impactadas pela condição do empregado, na hipótese de que, nas unidades residenciais desses trabalhadores, estejam de três a quatro familiares.

Se o leque de atividades comerciais é extenso, elas participam do Produto Interno Bruto de R$ 11,7 trilhões com 7%; isto é, cerca de R$ 819 bilhões são criados pelo comércio. Além disso, pode-se argumentar que cada empregado do comércio é responsável por gerar riqueza, contribuindo, em média, com R$ 78.750 para a formação do produto nacional.

Esses números são eloquentes: mostram o tamanho da produção do comércio na economia brasileira, refletindo sua dimensão ao desempenhar o protagonismo de levar o fluxo de produção ao consumidor final e às empresas.

Nesse árduo e trabalhoso papel, destaca-se a resiliência do comerciante em suportar as vicissitudes da conjuntura econômica — seja na fase recessiva ou de expansão — para proporcionar aos colaboradores condições dignas e condizentes, dado que deslocamentos pelos mais diferentes rincões são um dos atributos das tarefas de intermediação, a fim de levar bem-estar, qualidade de vida e produtos às famílias.

Para que isso se concretize com sucesso, a relação de parceria com o colaborador é pedra basilar. Assim, ressalta-se a proximidade entre esses agentes para o cumprimento do propósito da empresa, na qual a figura do comerciante exerce liderança ao garantir melhores condições de vida.

No contexto de ações que sensibilizam a comunidade, estão as campanhas, promoções, sorteios, brindes, entre outras peças, que, além de proporcionarem aumento das vendas, produzem também maior conhecimento da marca do estabelecimento junto ao público local e passante.

As iniciativas geram laços de valor ao aproximar o negócio da sociedade, obtendo visibilidade e foco. Ao arcar com tributos — ainda que possam soar como barreiras para o crescimento da empresa —, agindo com transparência e honestidade, o comerciante se posiciona em seu meio social por meio da justiça tributária. Ao fazer isso, estará comportando-se corretamente para que os recursos transferidos ao governo tornem-se fontes de gastos que se reverterão proativamente para a sociedade, em programas e políticas adequadas ao bem-estar.

Esses pontos, entre muitos outros, elevam a responsabilidade social do comércio, na medida em que a sociedade evolui e demanda mais cuidados dos setores produtivos. Um dos fatores para isso é o avanço da tecnologia e de ferramentas acessórias, que dão novo impulso ao crescimento da produtividade, transformando as organizações para que possam atender e acompanhar as mudanças de hábitos e preferências de consumo em harmonia, em conformidade com as qualidades do ambiente onde se situam.

Aldo Gonçalves é presidente do CDLRio e do SindilojasRio.