O comércio do Rio segue sendo palco de encontros, descobertas e boas histórias. A cada fim de ano, quando as ruas ganham mais cor e as vitrines brilham com novidades, o ato de comprar – ou mesmo apenas passear – reacende uma sensação que nos acompanha desde sempre: o prazer de estar nas lojas, caminhar entre pessoas, observar tendências e imaginar possibilidades.
Como faz bem sair para passear pelo comércio, vendo vitrines e pessoas! Por mais que tenhamos hoje a opção do comércio eletrônico, nada substitui ainda a experiência da compra na loja física.
Mas não se trata apenas de consumo. É sobre sentimento. É sobre a magia de escolher o presente ideal, de encontrar aquela roupa especial para o Natal, de renovar o guarda-roupa para receber o Ano Novo com esperança e brilho nos olhos. O comércio proporciona essa alegria – e ainda embala para presente.
As vitrines inspiram, os corredores chamam e encantam, e os vendedores acolhem. Presenteando alguém querido, movimentamos algo que não cabe em preço: emoção. Aliás, como é bom poder presentear e ver a expressão de felicidade de quem gostamos. Presentinho ou presentão, o que vale é a emoção.
Mesmo diante de desafios econômicos, o carioca não perde a criatividade, encontra alternativas, pesquisa, negocia, escolhe, troca ideias e se reinventa para manter viva a tradição de dar e receber. Presentear é gesto de amor, mas também de pertencimento e de esperança. É parte do ritual que faz do comércio não apenas um importante setor econômico, mas um gerador de memória afetiva.
E isso tem reflexo direto na vida da cidade. Lojas abertas significam movimento, luz acesa, gente circulando, conexões sendo feitas. Além de riqueza, renda e empregos, o comércio de portas abertas gera felicidade. Ele impulsiona negócios, aquece a economia, estimula serviços, fortalece bairros e transforma energia em prosperidade. Essa relação é circular, orgânica e essencial.
Que este fim de ano seja mais uma vez especial. Que cada lojista se sinta valorizado. Que cada consumidor se permita viver essa atmosfera única das compras presenciais. Que cada presente carregue afeto e cada sorriso inspire esperança – e que o comércio continue sendo esse grande gerador de encontros, oportunidades e alegria.
Porque, quando a porta da loja se abre, abre-se também um pouco do coração da cidade. E a felicidade encontra passagem para se multiplicar.
Igor Quintaes
Editor de O Lojista
