Uma pesquisa do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio) ouviu 250 comerciantes na capital para avaliar os efeitos das vendas da Black Friday sobre o Natal.
Para 60% deles, a movimentação em torno da Black Friday não produziu grandes efeitos sobre as vendas do comércio em dezembro, mesmo com as promoções, descontos e preços mais baixos em novembro. Mas, eles reconheceram a importância da data, que hoje vai além da última sexta-feira de novembro, estendendo-se pelo mês todo.
Já 40% dos lojistas ouvidos acreditam que a Black Friday vem ocupando um espaço maior no orçamento dos consumidores, o que tem implicado na evolução das vendas em novembro em detrimento parcial do resultado de dezembro com o Natal.
Para Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio, essa pode ser uma tendência, que não preocupa por enquanto.
“Desde 2010, as expectativas com o faturamento do fim do ano se modificaram com a Black Friday, deslocando as atenções tanto para novembro quanto para dezembro, principalmente quando muitos consumidores passaram a aproveitar as promoções para antecipar as compras de dezembro”, diz Aldo.
“No entanto, o período do Natal continua sendo o principal momento das vendas de fim de ano. O Natal mantém o seu propósito de reunir a família e amigos para celebrar a data com jantar, troca de presentes e renovação dos votos de fraternidade. Quanto ao comércio, haverá setores que poderão ser impactados pela Black Friday, sofrendo oscilação do faturamento em relação ao Natal, dependendo da estratégia de vendas que for aplicada”, ressalta o presidente das entidades.
Ainda segundo ele, os lojistas precisam acompanhar as variações do mercado, seja em novembro ou dezembro, para atrair os consumidores com produtos e preços competitivos, criando condições de acesso por meio de inovações, marketing, qualidade do atendimento e facilidade de compra para conquistar os clientes. “Com o décimo-terceiro em circulação, novas demandas e desejos podem ser despertados. O momento exige criatividade para bons negócios”, conclui.
