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Por dentro da Economia | Sustentabilidade para o Comércio

Agora em novembro, por mais de dez dias em Belém, o Brasil e diversos países discutirão as condições climáticas sob inúmeros ângulos na COP-30, objetivando diminuir os efeitos adversos que pairam sobre o planeta, afetando clima, biomas e pessoas.

O tema sustentabilidade para o comércio mais do que tangencia a responsabilidade social ao condensar ações a serem pensadas a respeito destes dois assuntos conjuntamente.

Enquanto o conceito de responsabilidade social reúne ações que irão gerar bem-estar para a sociedade e preservação ao meio-ambiente – por meio de múltiplas iniciativas para alcançar o desenvolvimento sustentável –, a sustentabilidade caminha no mesmo sentido, sob o prisma do crescimento da economia e menor afetação da natureza.

Portanto, sustentabilidade abrange ações que demonstram a preocupação do setor produtivo perante os danos naturais decorrentes do avanço econômico. Para o comércio, em particular, tem a ver com a implementação de práticas ambientais e sociais que impeçam a deterioração da natureza na medida em que a economia explora e consome os recursos naturais.

Pode-se considerar prática sustentável a procura pela melhor gestão e alocação de recursos, levando-se em conta a diminuição de custos e a eficiência dos fatores, com efeitos diretos sobre a produtividade, a competitividade e a lucratividade, proporcionando maiores condições de sobrevivência às empresas do setor. Em adição, a aplicação de iniciativas como o uso racional das fontes de energia, visando evitar desperdícios para que seja possível implementar o melhor destino de resíduos de água, eletricidade, produtos, etc.

Na esteira das medidas para descarte e reciclagem tem-se o propósito sustentável. Princípios nos quais o empreendimento comercial deve diminuir o impacto ambiental. Então, ao mesmo tempo em que a empresa se desenvolve, ações para com o lixo geram melhorias sobre o meio-ambiente, beneficiando o meio social.

Para que essas medidas sejam eficazes, há de convir-se que não faltam certificações que consolidam objetivos com compromissos de sustentabilidade para orientar os trabalhos das empresas.

Com efeitos rumo ao desenvolvimento, esses selos melhoram a marca da empresa, servindo de comunicação e marketing para demonstrar a atuação em favor das causas ambientais. Uma das consequências é a aproximação com grupos interessados na defesa e na preservação do meio-ambiente – público este, cada vez mais crescente.

Assim sendo, o comércio, ao utilizar mais inteligência, ferramentas eletrônicas, processos digitais, venda de produtos sustentáveis e descarte consciente do lixo, menos prejudicial é à natureza.

Em muitos casos, a atividade do comércio pode ser atávica na transmissão da propriedade empresarial familiar, como acontece com as micro e pequenas empresas, em virtude das características da intermediação da produção para alcançar o consumidor final.

Mas, no que concerne à sustentabilidade, as ações se tornam soluções permanentes – assim como a questão sucessória também é. Elas melhorarão a vida do planeta, implicarão em qualidade de vida, ao produzir condições favoráveis à natureza. No meio empresarial, o engajamento tem sido crescente. Por isso, a conscientização denota a importância das iniciativas. Graças a esse entendimento, o setor protagonizará as mudanças que poderão transformar a vida no planeta, tornando-o mais agradável e em um ambiente melhor.

Antonio Everton Jr.
Mestre em Economia Empresarial, com MBA e especialização em Micro e Pequenas Empresas.