Meio de pagamento instantâneo que reúne segurança, rapidez e praticidade, seja no ato da compra ou de transferir dinheiro, o Pix também se tornou poderosa ferramenta para o comércio varejista, facilitando a vida do consumidor e do lojista. Como intermediador do consumo, redefiniu práticas, acelerou o modo de fechamento das vendas e, por conseguinte, alterou a relação entre lojistas e consumidores, aproximando-os.
Pena que as estatísticas geradas pelo Banco Central ainda não separaram as transações Pix por setores econômicos (agropecuária, indústria, comércio e serviços); vale reforçar que o modo de fazer compras mudou, principalmente para quem não gosta de usar cartões de crédito (seja físico ou digital). Assim, o caixa das lojas do comércio tem ficado com menos papel-moeda, porém mais fortalecido com numerário em conta.
Por serem transações instantâneas, via Pix os recursos saem de uma conta e entram imediatamente na outra, sem a necessidade de acessar as instituições financeiras. Hoje, a maneira é outra: utiliza-se o meio eletrônico na palma da mão (celular) ou no computador, para maior comodidade.
No contexto das mudanças tecnológicas, da digitalização de produtos e serviços, e agora com o advento da IA, os setores produtivos, por meio das empresas produtoras de bens e serviços, buscam acompanhar as inovações, a fim de se tornarem mais eficientes para enfrentarem a concorrência e terem acesso, de maneira mais rápida, às possibilidades de serem mais produtivos e obterem alcance maior nas vendas, ficando mais perto do cliente. Em consequência, o papel das empresas tem sido o de procurar adequar-se à nova ordem de fluxos de produtos, novos parceiros e de movimentação de capital.
A verdade é que, com menos de cinco anos, o sistema Pix, desenvolvido pelo Banco Central, consolidou-se, caindo no agrado dos agentes econômicos cada vez mais, por compreender mensagens, criptografia, chaves e certificações seguras, bem como revelar tecnologia avançada.
Para as pessoas que não gostam de colocar o cartão de débito ou de crédito na folha do cadastro, tampouco fazer dívida ou postergar pagamentos, o Pix tornou-se realidade como instrumento para a efetivação da compra, favorecendo comprador e vendedor tanto para o débito quanto para o recebimento automático.
O setor comercial, que sempre operou com margens apertadas, concorrência e necessidade de se adequar constantemente às exigências do mercado, encontrou no Pix um importante aliado ao reduzir custos de transação e oferecer à clientela uma modalidade de pagamento compatível com a atualidade virtual e digital, beneficiando-se crescentemente dos incrementos da tecnologia no dia a dia.
Num universo estimado de 175 milhões de CPFs e CNPJs, que seriam os agentes em condições de fazer Pix, as operações disponibilizadas pelo Banco Central mostram números expressivos, compatíveis com um sistema grandioso, em condições de proporcionar múltiplas ações para que os meios de pagamento estejam ao alcance de todos, assim como acontece com o papel-moeda.
Nessa situação, os valores do Pix saque e troco vêm aumentando. Estão perto dos R$ 401 milhões, onde, além dos bancos e outras instituições financeiras, o comércio (lojas, padarias, supermercados, entre outros segmentos) pode aderir. Ao disponibilizar esse serviço, as lojas irão aproximar-se dos consumidores, permitindo a circulação de dinheiro sem serem agentes financeiros. Nas circunstâncias atuais, o Pix (saque e troco) pode constituir-se em mais um atributo para qualificar a importância do comércio na economia.
Na medida em que decidir atuar como facilitador do giro do dinheiro junto às pessoas, o comerciante poderá atrair (novos ou mais) clientes. Assim, o estabelecimento irá proporcionar mais uma experiência, compreendendo momentos memoráveis graças às inovações que o sistema financeiro suscita, em que o comerciante participa com protagonismo ao constituir-se numa solução.
Dessa maneira, o Pix serve como peça essencial ao consumo brasileiro no contexto de relações de consumo e de pagamento, transformadas pelo Banco Central e pelos novos hábitos dos agentes econômicos.